Cidadão Chinês Acusado de Crime de Homicídio em Angola Terá Sido Libertado
Assassino de cidadão angolano foi libertado para proteger relações com a China, diz dirigente do BD
Francisco
Viena, secretário provincial do Bloco Democrático em Benguela (BD),
disse ter informações que, o cidadão chinês acusado de crime de
homicídio não se encontra nunca cadeia em Luanda, mas foi posto em
liberdade pelas autoridades angolanas sem o conhecimento do juiz que o
condenou a 23 anos de prisão.
O
político ameaça apelar aos angolanos a desobediência civil como forma de
pressionar as autoridades á recondução do homicida à cadeia de
Benguela.
Em
conferência de imprensa, Viena disse que o poder político angolano está a
proteger um indìviduo que foi culpado da morte de um vendedor de moeda
acrescentando que se Zang Yan não for de novo preso então devem ser
presos todos aqueles que facilitarão a sua fuga.”
Zang
Yan foi condenado à revelia pelo tribunal de Benguela, a pena efectiva
de 23 anos de prisão, e a pagar uma indemnização à família do malogrado
no montante de 20 mil dólares norte-americanos. Mas passados mais de 120
dias a pena não foi executada.
“ Nós não temos outra alternativa senão apelar a desobediência civil,” disse Viana.
“ Não
se pode de maneira alguma admitir que se mate alguém e que se roube os
dinheiros do país a olho nu e não se prende ninguém. Ou este país tem
leis, uma Constituição ou este país não tem,” acrescentou.
Zang
Yan foi acusado pelo Ministério Público de ter assassinado o cidadão
angolano Pedro Chiwila Nguli, esfaqueando-o múltiplas vezes, em Novembro
de 2010, na cidade de Benguela.
A
vítima dedicava-se à prática do câmbio de rua. Segundo depoimento de uma
das testemunhas, um grupo de cinco chineses deslocou-se ao local de
venda ambulante de moeda estrangeira, e mostrou interesse em comprar
cerca de 30 mil dólares americanos.
O malogrado que tinha o valor aproximado, saiu com os supostos clientes para fazer o negócio.
O seu
corpo seria encontrado no dia seguinte, nas imediações do novo estádio
de futebol “Ombaka”, com as mãos e as pernas amarradas e a boca tapada
com fita adesiva, apresentando sinais de tortura e de esfaqueamento.
As
autoridades policiais detiveram Zang Yan, na segunda semana de Março de
2011, e o Ministério Público acusou-o formalmente de crime de homicídio
voluntário e remeteu o caso para o Tribunal Provincial de Benguela.
Durante
o período de julgamento Zang Yan foi transferido da penitenciária de
Benguela para a cadeia Luanda sem o conhecimento do juiz do caso,
segundo declarações do director da penitenciária de Benguela, Feliciano
Soma. Agora Francisco Viena, alega que primeiro o chinês terá sido
transferido para Luanda e posto em liberdade de onde foi extraditado
para China sem o conhecimento do juiz.
“ Isso é
encorajar estrageiros a matarem-nos e nós não podemos morrer nas mãos
de estrangeiros que vieram para Angola via de acordos que nós angolanos
desconhecemos,” disse Viena.
Este
membro do Bloco Democrático acusa as autoridades angolanas de estarem a
proteger um cidadão chinês criminoso para não prejudicar a cooperação
entre Angola e a China.
No dia 8
de Outubro de 2012, David Mendes e Francisco Viena, na qualidade de
advogados apresentam uma queixa-crime contra o director da penitenciária
de Benguela, por este ter ordenado a transferência do chinês sem que
tenha sido proferida a sentença final sobre o caso e sem o conhecimento
do juiz, mas até ao momento os queixosos nunca foram notificados pela
Procuradoria-Geral da República
Voz da América
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